segunda-feira, 6 de julho de 2009

Oi!

Logo mais, às 19h30, tem Gírias de todas as tribos no programa Nossa Língua, apresentado pelo professor Pasquale Cipro Neto na TV Cultura. Quem perder pode assistir a uma das reprises ou pela internet. É só acessar os arquivos dos programas em http://www.tvcultura.com.br/nossalingua/secoes/programas/.

Até já!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Breaking news: Gírias no Vitrine

Ei!

Essa desconectada aqui... unplugged... que tem blog e não bloga... ficou sabendo hoje que o Gírias apareceu no programa Vitrine, da TV Cultura (edição de 2/5). Era uma entrevista com o Marcelo Duarte - autor da série de livros O Guia dos Curiosos e outros tantos - sobre blogs que viraram livro. Com o Gírias aconteceu o inverso, ele nasceu livro e agora virou blog para virar livro de novo, rs. 

O Marcelo Duarte (o MD!) é meu querido editor, a quem agradeço publicamente por mostrar o blog do Gírias na tevê. O programa ainda não está disponível no site da Cultura, mas assim que for liberado eu posto para vcs assistirem.  

By the way, alguém que manja de vídeo na net me explique, please, o que significa "encodado"? Faz tempo que topo com esta palavra... parece ter a ver com código, estou curiosa por uma definição exata, rs.

Beijo!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Para vc que é fashionista!


Oi! Qto tempo....rs. Blog é igual a chocolate: se a gente come uma vez, quer sempre, mas se deixa de comer um dia, perde o hábito! Mas vamos lá, já que hoje é sexta-feira, dia de escolher o composit pra se jogar na balada, o assunto é moda. 

Se vc acha que é fashion porque usa megaóculos ou curte um visu retô moderninho, pode esquecer. Ninguém é do mundinho de verdade se não consegue se virar, verbalmente, dentro dele. A contribuição abaixo veio da queridíssima amiga fashionista Fá Alves, voraz leitora de Elle (de onde tirou a matéria). Teste aí seus conhecimentos e veja se vc está, como diria sua avó, na "crista da onda", hahahaha.

Abravanar: se libertar, se soltar. "vai lá e abravana" é uma das frases mais ouvidas ultimamente.

Babado: é um jeito doce e "amigo" de dizer fofoca.

Boho: abreviação de bohemian, que significa boêmio. É o famoso estilo hippie de butique, com muitas influências dos anos 1970.

Beloco: cabelo. Uma das manias é dizer tudo de trás para frente, misturar e até trocar as sílabas. 

Constanza: alguém que quer fazer parte do mundo da moda, mas exagera na dose e faz tudo errado - inclusive pronunciar o nome da consultora de moda, Constanza Pascolato, de maneira equivocada. 

Folk: na música, é um estilo típico do interior dos Estados Unidos. Na moda, é a roupa cheia de franjas, com toques rústicos e artesanais, inspiradas em culturas distantes como as do LesteEuropeu.

Geek chic: gíria que vem do inglês geek, usado para designar os viciados em tecnologia. É daí que vêm os óculos com armações grandes e grossas, usados, inclusive, por quem não tem um mísero grau de miopia.

Gipsy: é o estilo cigano, bem em alta, graças à moda étnico chic - pense em saias longas, estampas, bordados e medalhinhas.

Girlie: alguém que se veste e se comporta como uma menininha.

Gongar: no dicionário real significa "reprovar", mas os fashionistas adoram dizer "gongou" para algo que deu errado ou para alguém que queimou o próprio filme.

Hi-lo: do inglês high (alto) e low (baixo). É usado na moda para dar nome aos looks que misturam peças caras, de grandes grifes, com itens baratinhos e sem assinatura - como uma bolsa Chanel usada com uma camiseta Renner.

Hype: termo em inglês superpronunciado pelos moderninhos que quer dizer que algo é bacana, que está na moda.

Hobo: inspirado nos jovens sem casa, que viviam nos Estados Unidos nos anos 1930 (época do crash da Bolsa) e pegavam carona em trens. É o estilo que prioriza roupas cheias de bolsos e muitas sobreposições, como se a pessoa levasse a própria casa nas costas.

Ladylike: o estilo "mulherzinha", adorado por quem não dispensa uma boa saia rodada.

Mundinho: um microcosmo que vive em função da moda. 

Rica (ou fina, ou grega, ou novela das 8): mulher imnpecável que sabe se vestir e se maquiar de maneira ultraelegante.

So last season: algo que está totalmente fora de moda.

Tee: de T-shirt, que significa camiseta, em inglês.   

Então é isso, queridos. Essa conversa dá muito pano pra manga!   

Beijo!

PS: Faz um tempo (se bem que moda vai e volta, né!), as meninas saíam de casa com bolsa, cinto e sapato da mesma cor, tudo igualzinho. Achei a maior graça quando uma amiga, a Tatica, definiu esse estilo como "combinandinho". Falou tudo, Tati! Atenção: combinandinho tá totalmente OUT!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Manobrista, eu?

Domingo de sol, parei numa padoca para comprar um suco beeem gelado. João desceu do carro para pegar a tal bebida. Encostei meio de qualquer jeito no estacionamento, baita preguiça de manobrar.

- Moço, é rapidinho, eu ligo o pisca e fico dentro do carro. Pode?

- Mas é melhor vc já ficar de frente para a rua. Vai que eu sinalizo.

Putz... 31 graus e sem direção hidráulica.

- Tá bom, moço... vamo aê.

Engata a marcha ré, esterça para a direita, vai para a frente, ré, direita de novo, reto, agora esquerda. Pronto!

- Fala sério, menina. Vc é motogirl e tá escondendo o jogo!

- Hein? 

De tão desmilinguida, nem perguntei que outras gírias os manobristas usam. Me aguarde, moço. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Eita, troço que vicia...

Primeiro é assim: vc pergunta e ninguém diz que fala gíria. Depois, solta o verbo, rs! 

Pensei nisso pq a Susan, do Adote um Gatinho (AUG), leu o post de ontem e lembrou que as protetoras chamam de "adotante" o candidato a dono do gatinho (ou cachorrinho, passarinho, papagaio... o abandono não escolhe espécie!). 

E foi ela me dar um toque lembrei de quando a Angélica, veterinária do AUG, disse para minha mãe que a proteção animal é como "enxugar gelo". Ou seja: um trabalho sem fim. 

By the way, veterinário é simplesmente "vet" na linguagem dos protetores.

Beijos. Fui! 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ufa, o gato não virou resgate!

Whisky é o gato siamês da Lu, minha cunhada. Véspera de ano novo, entra e sai em casa, a porta da cozinha ficou aberta por alguns minutos e ele saiu. Ninguém viu. Foi dar umas bandas pela vizinhança. Dias depois apareceu todo pimpão, cara magra e deslavada.  Com preguiça de descer nove andares para ganhar a liberdade perigosa das ruas, ele passou uns dias brincando com o amigo siamês da vizinha do sexto andar. Ela viu o Whisky parado na porta, achou que fosse o seu gato, colocou-o para dentro, trancou a casa e viajou. Tinha água e comida, apartamento telado e seguro, tudo certinho. Na volta encontrou dois gatos, e não era efeito das festas de fim de ano, não.

O corre-corre atrás do Whisky me fez lembrar do vocabulário das gateiras quando eu era voluntária no Adote um Gatinho (
www.adoteugatinho.org.br), ONG de proteção animal fundada pela minha querida-amiga-de-longa-data Susan Yamamoto e pela Juliana Bussab. Aproveite para visitar o site e dar uma força para as meninas, o trabalho delas é sensacional. Mas, uma advertência, acompanhar a história dos gatinhos é viciante. Vc vai querer todos!

Aí vai um pouco da linguagem das protetoras:

Abrigo: lugar onde os animais ficam sob os cuidados do protetor
Frajola: gato preto e branco, igual ao do desenho infantil
Gateiro e gateira: quem cuida e ama gatos
Laçador: pessoa especializada em “caçar” gatinhos selvagens
Protetor: pessoa que resgata, cuida e encaminha animais de rua para novos lares
Resgate: um resgate de animal abandonado ou o próprio animal quando tirado da rua
Sialata: mistura de siamês com vira-lata
Tigrinho: gato malhado de pelo listadinho
Tric: gatinho tricolor (não sei pq, mas trics geralmente são fêmeas)

E por aí vai... Quem lembrar de mais, avise!

Beijos felizes!                                                          

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Começando pelo começo




Aí está uma pequena parte 

dos recortes sobre gírias

Coleciono jornais e recortes em geral. Comecei com um exemplar do Estadão sobre o fim da União Soviética. Eu gostava do Gorbi, achava engraçado alguém ter um mapa naturalmente impresso na testa.

Em 2003 meus jornais atingiram dois metros de altura. Aquela pilha inanimada, mocosada num cantinho gentilmente tomado no escritório do meu pai, contava tudo sobre a Guerra do Iraque e seus líderes animados com barbaridades. Veio um período de chuvas, os jornais molharam, minha coleção acabou. A guerra não.    

Hoje meus recortes cobrem duas grandes frentes. De um lado estão os cadernos internacionais com relatos e análises sobre os conflitos em Israel e na Palestina (minha pilha está crescendo esses dias por causa do ataque israelense em Gaza... isso não me deixa nada feliz). De outro, reportagens sobre grupos urbanos paulistanos que me inspiram a procurar novas tribos para o
Gírias.

É por este segundo flanco que o livro vai renascer.
  Muita coisa mudou desde 2001, quando a primeira edição foi lançada. E a gente sabe que mudar é da natureza da gíria, ou melhor, da linguagem oral de modo mais amplo.  

Mãos à obra!